Com características próprias e sem causalidade cerebral, a
neurose desequilibra a emoção e gera desajustes fisiológicos sem patogênese
profunda.
As neuroses, porque de apresentação
sutil no seu começo — tiques nervosos, repetições de palavras ou de gestos,
dependências de bengalas psicológicas,
fixações psíquicas que se agravam — grassam, na sociedade, especialmente em
decorrência de exigências do grupo social e da coletividade, em formas de pressões
reais ou aparentes, que, nos temperamentos frágeis, produzem desarmonia, dando
curso a inquietações, às vezes, alarmantes.
É comum fazerem-se acompanhar de
episódios e fenômenos somáticos mui variados, como taquicardias, prisões de
ventre, dores que parecem reais. A medida que se agravam, podem levar a
paralisias, distúrbios de postura, de fonação, movimentos desconexos...
Quando se apresentam com
manifestações fóbicas — medos de ambientes fechados, de altura, de doenças,
amnésia, etc. — trazem componentes graves, de mais difícil recuperação.
O quadro dos estados histéricos,
conversivos e ansiosos, radica-se na psique e tende a avançar para as fixações
obsessivas e compulsivas atormentantes.
Não raro, as neuroses apresentam-se
com caráter de culpa, atormentando
o paciente com a inquietante idéia de que, sobre todo mal e insucesso que lhe
acontece, a responsabilidade pertence-lhe. A manifestação do pensamento de
culpa tem um significado autopunitivo, perturbador, que dissocia a
personalidade, fragmentando-a.
Outras vezes, expressam-se como
forma de transferência, e a
necessidade de culpar outrem aturde o paciente, que se apresenta sempre na
condição de vitima, buscando, fora de si, as razões que lhe justifiquem as
ocorrências mínimas ou máximas que o desagradem. Quando ele não encontra um
responsável próximo e direto, apela para a figura do abstrato coletivo: a
sociedade, o governo, Deus...
Os estados neuróticos são
profundamente inquietadores e desarmonizam o psiquismo humano, necessitando
receber conveniente terapia, bem como perseverante esforço de recomposição
psicológica.
Aprofundando-se a sonda da
inquirição na psicogênese dos fenômenos neuróticos, defrontar-se-ão as causas reais na conduta anterior do
paciente, que atrelou a consciência a comportamentos desvariados e passou
injustamente considerado, recebendo simpatia e amizade dos amigos e
conhecidos, quando deveria haver sido justiçado, transferindo os receios e
inseguranças, que permaneceram camuflados por aparência digna para a atual
reencarnação, na qual assomam do inconsciente profundo as culpas e os conflitos
que ora se manifestam como processos reparadores.
Eis por que, ao lado das neuroses, surgem
episódios de obsessão espiritual que agravam a débil constituição do enfermo,
empurrando-o para processos longos de loucura.
Assim ocorre, porque as vítimas das
suas ações ignóbeis morreram, porém não se consumiram, e porque prosseguiram
vivendo, reencontram, por afinidade de consciência de dívida-e-cobrança, os
adversários, inflingindo-lhes então maior soma de aflições, a princípio
telepaticamente, depois sujeitando-os pelo controle mental e, ainda, mais
tarde, de natureza física, quando ocorrem as subjugações lamentáveis.
A consciência inquieta, que reflete
na psicologia do indivíduo os estados neuróticos, encontra-se vinculada a
acontecimentos pretéritos, negativos, quão infelizes.
As moléstias, particularmente na
área psíquica, instalam-se, por serem doentes
da alma os seus portadores.
Toda terapia liberativa deve ter
como recurso de auxílio a renovação moral do paciente, sua reeducação através
das disciplinas espirituais da oração, da meditação, da relevante ação
caridosa, por cujo meio ele se lenifica e se apazigua com aqueles que o odeiam
e consigo mesmo, por constatar a excelência da própria recuperação.
Lentamente, a Psicologia
Transpessoal identifica esses seres —
personalidades anômalas, dúplices, etc. — que interferem no comportamento das
criaturas humanas e as perturbam, não sendo outros, senão, as almas dos homens
que antes viveram na Terra e permanecem vivos.
Como terapia preventiva a qualquer
distúrbio neurótico, a auto-análise freqüente, com o exame de consciência
correspondente, desidentificando-se das
matrizes perturbadoras do
passado, e abrindo-se às realizações de enobrecimento no presente, com os
anseios da conquista tranqüila do futuro.
Atuar sempre com segurança após
saudável reflexão, pensar com retidão e viver em paz consigo mesmo,
representam o mais equilibrado e expressivo caráter psicológico de criatura
portadora de saúde mental.
O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
2 comentários:
Amiga Denise, passando por aqui para apreciar teu post e para deixar meu boa noite.
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DIVULGO,ASSIM.TODOS OS QUE ME SEGUEM.
COMO NÃO RECEBEMOS ATUALIZAÇÕES NO BLOGSPOT,EU VOU CLICANDO NOS SEGUIDORES E COMENTANDO NO MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE BLOGS AMIGOS.
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AGUARDO SUA VISITA
BEIJOS E ÓTIMO FIM DE SEMANA
DONETZKA
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