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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

AUTOCOMPAIXÃO


       Psicologicamente, o homem que cultiva a autopi­edade desenvolve tormentos desnecessários que o deprimem na razão direta em que a eles se entrega.
       Reflexões sobre dificuldades pessoais constituem fenômeno auxiliar para ações dignificadoras, facultan­do a identificação dos recursos disponíveis, bem como avaliação das atitudes que redundaram em insuces­so ou desequilíbrio, a fim de as evitar no futuro ou corrigi-las quanto antes.
       Toda aprendizagem assenta-se nos critérios do erro e do acerto, selecionando as experiências consi­deradas saudáveis, benéficas, que se fixam pela na­tural repetição.
       Desse modo, os insucessos são patamares que propiciam avanços para que se alcancem degraus mais elevados.
       Quando, porém, o indivíduo elege a posição de vítima da vida, assumindo a lamentável condição de infelicidade, encontra-se a um passo de perturbações emocionais graves, logo derrapando em psicopato­logias devastadoras.
A mente, conforme seja acionada pela vontade, torna-se cárcere sombrio ou asas de libertação, e nin­guém se lhe exime à influência.
Conduzida pelos escuros corredores da lamenta­ção, desatrela condicionamentos que aprisionam o ser demoradamente.
Por isso mesmo, o cultivo da autocompaixão, me­diante a insistente reclamação em torno dos aconteci­mentos da vida, demonstrando insatisfação sistemá­tica, transforma-se em mecanismo masoquista de perturbadora presença no psiquismo. A pseudo-afli­ção mantida converte-se em motivo de alegria, reali­zando um mecanismo de valorização pessoal, cujo desvio comportamental plenifica o ego.
Todo aquele que se faculta a autocompaixão neu­rótica é portador de insegurança e de complexo de inferioridade, que disfarça, recorrendo, inconscientemente, às transferências da piedade por si mesmo, sem qualquer respeito pelas demais pessoas. Desenvolve os sentimentos de indiferença pelos problemas dos outros, fechando-se no círculo diminuto da personali­dade mórbida.
No seu atormentado ponto de vista, somente a sua é uma situação dolorosa, digna de apoio e solidarie­dade. E, quando essas expressões de socorro lhe são dirigidas, reage, recusando-as, a fim de permanecer na postura de infelicidade que o torna feliz.
Aquele que se entrega à autocompaixão nunca se satisfaz com o que tem, com o que é, com os valores de que dispõe e pode movimentar. Não raro, encon­tra-se mais bem aquinhoado do que a maioria das pessoas no seu grupo social; no entanto, reclama e convence-se da desdita que imagina, encarcerando-se no sofrimento e exteriorizando mal-estar à volta, com que contamina as pessoas que o cercam ou que se lhe acercam.
Os grandes vitoriosos do mundo lutaram com te­nacidade para romper os limites, os problemas, as enfermidades, os desafios. Não nasceram fortes; tor­naram-se vigorosos no fragor das batalhas travadas. Não se detiveram na lamentação, porque investiram na ação todo o tempo disponível.
Quando se mantém a autocompaixão, extermina-se o amor, não se amando, nem tampouco a ninguém.
O homem tem o dever de aprofundar meditações em torno das aflições e dos seus problemas, a fim de os superar.
O desenvolvimento saudável do ser psicológico impele-o à confiança e o induz à atividade para a aqui­sição do sentido da vida, da sua finalidade.
Quem de si se compadece, recusa-se a crescer e não luta, estagiando na amargura com a qual se com­praz.
Fator de desintegração da personalidade, a auto-compaixão deve ser rechaçada sempre e sem qualquer consideração, cedendo espaço mental para os tenta­mes que levam à vitória, à saúde emocional e à har­monia íntima.

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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3 comentários:

Elaine Figueira disse...

Muito interessante. Eu me lembro que na psicoterapia que fiz há anos, a minha terapeuta dava muitos toques para que eu tivesse um autocritica sobre este assunto.

Abraços

Anônimo disse...

Gostei muito do texto, muito instrutivo, gosto muito do Divaldo, já fui em algumas palestras dele aqui no sul.

Linda tarde pra você!

Abçs
Mundyn

Anônimo disse...

Denise. Ainda bem que coloquei seus blogs para receber atualizações!

Esse texto é excelente.Aliás,tudo do Divaldo o é.

Falo muito sobre isso na minha profissão,pois sou psicóloga.

Essa auto_piedade é um dos mais terríveis males.

Induz ao retrocesso na vida cde quem a tem e o duplo vículo que se forma na família.

Muitos fazem desse seu problema o tormento dos familares,fazendo chantagens emocionais,entre outros.

Essa é a visão científica.

Espiritualmente falando,continuam após o desencarne como "vítimas" o que nada melhora seu progresso em outr plano.


Amo seus blogs! Têm conteúdo!

Linda semana e beijos com gosto de carinho


Donetzka