As experiências desenvolvidas na infância, no que diz respeito à cooperação,
resultado das brincadeiras que ampliaram a capacidade de trocar brinquedos
e alimentos, transformam-se em sentimentos de amor, que crescem
em altruísmo e solidariedade. Esse partilhar, esse expressar solidariedade,
exige a contribuição valiosa e inestimável do sacrifício pessoal, sem
correr o risco da competitividade, do conflito, já que proporciona a compensação
de descobrir-se útil, portanto, participante do progresso que se torna
inevitável.
A auto-estima acentua-se, no adolescente, que descobre ser aceito
pelo seu
grupo social, particularmente pelos valores íntimos de que se faz portador, pela
capacidade de cooperar, de eliminar dificuldades e impulsionar para a frente
todos aqueles que se lhe acercam. Essa valorização do si exterioriza-se como
forma de auto-conhecimento, que expande o amor, favorecendo a lídima fraternidade.
Naturalmente surgem momentos difíceis, caracterizados por decisões que
não são ideais, mas a experiência do erro demonstra que aquela é a forma menos
eficaz para a colheita de resultados felizes, o que ajuda no amadurecimento
das realizações.
Sem receio de novas tentativas, permite-se ampliar o círculo de relacionamentos
e contribuir de alguma forma em favor das demais pessoas.
Esse tentame sócio-afetivo começa no lar, onde o adolescente redescobre
a família, reaproxima-se dos pais, entendendo-lhes a linguagem e os
interesses que mantiveram em oferecer o melhor, nem sempre pelos caminhos
mais certos. Aparece um valioso sentimento de afetividade e de tolerância
para os erros da educação, eliminando mágoas e reservas emocionais
que eram mantidas, ao mesmo tempo transformando-se em motivo de
contentamento geral.
Da reintegração no conjunto da família se alarga em novas motivações com
os colegas e amigos, na escola, no trabalho, no clube de esportes e área de
folguedos, porque os seus são sentimentos do amor que plenifica.
É característica desse período não exigir ser amado, mas
compensar-se enquanto
ama, efetuando uma auto-realização emocional.
A sua filosofia de vida o induz ao espírito de solidariedade mais ampla, cabendo
a doação de coisas e até mesmo uma certa forma de autodoação.
ADOLESCÊNCIA
E VIDA
DIVALDO
PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS
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