O amor ajuda-o a tornar-se independente da família, isto é, a ter
sua própria visão do mundo e dos valores humanos, a conceituar pessoas e regimes,
estabelecendo as próprias diretrizes de comportamento. Porque não se trata de
um ato de rebeldia, mas de crescimento, o amor se lhe desenvolve enriquecedor,
permitindo-lhe a descoberta dos objetivos da vida e os meios para alcançá-los,
no que se empenha com afã, atendendo aos estímulos que lhe brotam do mundo
interior, das tendências que o acompanham desde a reencarnação anterior,
impelindo-o para o triunfo sobre as imperfeições que lhe afeiam a conduta,
enquanto descobre os altiplanos felizes do bem-estar emocional, social e
espiritual.
A carreira elegida passa a adquirir uma significação relevante, não importando
se ela é representativa na sociedade ou não, valorizada pela dedicação
a que se entrega, por compreender que é membro ativo do conjunto e
não pode falhar, porque isso implicaria em desorganização do meio onde vive.
Sentimentos antes não experimentados de ternura e de devoção brotam no
adolescente, que se sente atraído para os ideais mais expressivos da humanidade:
política, religião, esportes, ciência, tecnologia, artes... E ao eleger aquele
a que se vai dedicar, o faz com ardor e motivação que o engrandecem, e o
definem como um homem ou uma mulher de bem, candidatos ambos à renovação
da sociedade.
A decisão do adolescente pelos propósitos de elevação da sociedade
cria no seu grupo de companheiros uma aceitação irrestrita, porque todos
preferem aqueles que são alegres, joviais, cordatos, idealistas, que ofereçam
alguma contribuição para os demais, o que somente o amor pode proporcionar. As dificuldades
no relacionamento infantil e juvenil propõem cidadãos, no futuro, inquietos,
delinqüentes, com sérios distúrbios no ajustamento sexual e noutras formas de
comportamento, como efeito da falta de amor neles mesmos e nos demais que os
não atenderem convenientemente no lar, na escola, no clã de origem, em razão do
seu temperamento instável e desagradável ou motivo outro qualquer...
O amor, na adolescência, é o grande definidor de rumos para toda a existência
e o único tesouro que autoplenifica, auto-realiza, modelando uma vida saudável.
ADOLESCÊNCIA
E VIDA
DIVALDO
PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS
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