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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

MECANISMOS DE EVASÃO II


Outras vezes, a imaturidade psicológica reage pela forma de violência, de agressividade, decorrentes dos caprichos in­fantis que a vida, no relacionamento social, não pode aten­der.
Uma peculiar insensibilidade emocional domina o indi­víduo, que se desloca, por evasão psicológica, do ambiente e das pessoas com quem convive, poupando-se a aflições e somente considerando os próprios problemas, que o como­vem, ante a frieza que exterioriza quando em relação aos so­frimentos do próximo.
O homem nasceu para a auto-realização, e faz parte do grupo social no qual se encontra, a fim de promovê-lo cres­cendo com ele. Os problemas devem constituir-lhe meio de desenvolvimento, em razão de serem-lhe estímulos-desafios, sem os quais o tédio se lhe instalaria nos painéis da atividade, desmotivando-o para a luta.
Desse modo, são parte integrante da estruturação mental e emocional, responsáveis pelos esforços do próximo e do grupo em conjunto, para a sobrevivência de todos.
O solitário é prejuízo e dano na economia social, pertur­bando a coletividade.
Fatores que precedem ao berço, presentes na historiogra­fia do homem, decorrentes das suas existências anteriores, situam-no, no curso dos renascimentos, em lares e junto aos pais de quem necessita, a fim de superar as dívidas, desen­volver os recursos que lhe são inerentes e lhe estão adorme­cidos, dando campo à fraternidade que deve viger em todos os seus atos.
Assim, cumpre-lhe libertar-se da infância psicológica, mediante as terapias competentes, que o desalgemam dos condicionamentos perniciosos, ao mesmo tempo trabalhan­do-lhe a vontade, para assumir as responsabilidades que fa­zem parte de cada período do desenvolvimento físico e inte­lectual da vida.
Partindo de decisões mais simples, o exercício de ações responsáveis, nas quais o insucesso faz parte dos empreendi­mentos, o homem deve evitar os mecanismos de evasão, as­sim como as justificativas sem sentido, tais: não tenho culpa, não estou acostumado, nada comigo dá certo, aí ocultando a sua realidade de aprendiz, para evitar as outras tentativas que certamente se farão coroar de êxitos.
A experiência do triunfo é lograda através de sucessivos feitos. O acerto, nos primeiros tentames, não significa a segu­rança de continuados resultados positivos.
Em todas as áreas do comportamento estão presentes a glória e o fracasso, como expressões do mesmo empreendi­mento.
A fixação de qualquer aprendizagem dá-se mediante as tentativas frustradas ou não. Assim, vencer o desafio é esforço que resulta da perseverança, da repetição, sem enfado nem cansaço.
Toda fuga psicológica contribui para a manutenção do medo da realidade, não levando a lugar algum. Mediante sua usança, aumentam os receios de luta, complicam-se os meca­nismos de subestima pessoal e desconsideração pelos própri­os valores.
O homem, no entanto, possui recursos inesgotáveis que estão ao alcance do esforço pessoal.
Aquele que se demora somente na contemplação do que deve fazer, porém, não se anima a realizá-lo, perde excelente oportunidade de desvendar-se, desenvolvendo as capacida­des adormecidas que o podem brindar com segurança e reali­zação interior.
Todo o esforço a ser envidado, em favor da libertação dos mecanismos de fuga, contribui para apressar o equilíbrio emocional, o amadurecimento psicológico, de modo a assu­mir a sua humanidade, que é a característica definidora do indivíduo: sua memória, seus valores, seus atos, seu pensa­mento.
A fuga, portanto, consciente ou não, no comportamento psicológico, deve ser abolida, por incondizente com a lei do progresso, sob a qual todas as pessoas se encontram submeti­das pela fatalidade da evolução.


Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis


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2 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Pois é amiga Denise, frequentemente ouvimos pessoas dizerem que são perseguidas, azaradas, fracassadas, que nem adianta tentar fazer nada, pois serão derrotadas pelas forças do destino, geralmente fracassam mesmo, mas por falta de ação.
Um abraço. Tenhas um feriadão de paz.

tesco disse...

E ainda tem isso, fugir dos compromissos imprescindíveis não leva ninguém a um estado de paz e descanso, normalmente é o contrário, muita ansiedade e, frequentemente, depressão.
Prefiro o enfrentamento - depressinha!
Beijos.