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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O HOMEM CONSCIENTE I


O trânsito pela reencarnação enseja ao ser o de­senvolvimento dos valores éticos, ampliando-lhe o espaço mental para as conquistas relevantes.
Ao mesmo tempo, quando entorpecida a consci­ência, antes lúcida, o indivíduo deixa-se conduzir atra­vés do mergulho nas distrações, que lhe constituem os interesses máximos do dia-a-dia, olvidando as quali­dades superiores que propiciam realmente a felicidade.
Essas distrações prendem-lhe a atenção e detêm-lhe o processo de busca interior, empurrando-o para as fugas espetaculosas e as transferências das metas prioritárias, importantes, para aquelas que enganam, apaixonando-o e levando-o às conquistas vazias das coisas que não proporcionam mais do que o breve bem-estar da volúpia egoística do momento, expres­sa nos prazeres que logo se esfumam.
Quando convidado às reflexões profundas a res­peito da sua realidade como ser imortal, encharcado pelas paixões como se encontra, não consegue deter-se em uma demorada análise de si mesmo, porque logo os pensamentos se expandem em várias dire­ções, afugentando-o do objetivo essencial propiciador do auto-encontro.
Saciado pelo gozo, embora atormentado pelo de­sejo de novos prazeres, a sua fixação mental é somen­te possível quando se refere ao campo das sensações, nas quais chafurda até a exaustão, para retornar à posição anterior de ansiedade e insatisfação.
Acostumado às idéias do imediato, que trazem respostas momentâneas, logo a seguir, qualquer pro­jeção no tempo constitui-lhe sacrifício vão, porquanto não se dispõe a levar adiante a proposta inicial de realização demorada.
Os indivíduos, psicologicamente adormecidos, são ainda fisiológicos, não obstante possam estar projetados na sociedade e até mesmo bem considerados por ela.
Despertar significa identificar novos recursos ao alcance, descobrir valores expressivos que estão des­perdiçados, propor-se significados novos para a vida e antes não percebidos...
O despertamento retira o véu da ilusão e faculta a percepção da realidade não fugidia, aquela que pre­cede a forma e permanece depois da sua disjunção.
Estar desperto é encontrar-se participe da vida, estuante, tudo realizando com integral lucidez.
E mesmo o ato de dormir, para a aquisição do repouso físico, porque precedido de conhecimento do seu objetivo, torna-se um fenômeno de harmonia, sem os assaltos de clichês mentais arquivados, que asso­mam em forma de pesadelos tormentosos.
A fixação do despertamento resulta dos insisten­tes e contínuos espaços da mente, preenchidos pelo desejo veemente de adquirir lucidez.
Tudo quanto faz, realiza-o de forma consciente, desde o ato de coçar-se, quando concentrado, até o de superar o cansaço com o seu séquito de indisposi­ções orgânicas e psíquicas.

(continua)


O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


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Um comentário:

Ives disse...

Olá! A consciência é a flor da alma, que acusa e contunde o que vai errado e o que vai certo! abração