O altruísmo, que é lição viva de caridade, expressão
superior do sentimento de amor enobrecido, abre as portas á ação, sem a qual
não teria sentido a sua existência.
Dilatação da solidariedade, alcança o seu mais
significativo mister quando reparte bênçãos e comparte aflições, trabalhado por
minimizar-lhes os feitos, erradicando-lhes as causas.
É o próprio amor ensinado por Jesus, que esquece de
si mesmo para concentrar-se no bem do seu próximo, olvidando todo o mal para
agigantar-se nas aspirações do progresso, da ordem e da felicidade.
Antítese do egoísmo, cicatriza as lesões da alma, que
este produz, fomentando a vigência da saúde integral.
Estrela luminar, irradia paz envolvente, que alcança
e vence as grandes distâncias emocionais e preconceituosas que separam os
homens. Arrasta os corações que se deixam impregnar pela sua irradiação,
assinalando, indelevelmente, os períodos das vidas com a sua presença.
O desejo de posse, de gozo, de superioridade, que
tipifica o egoísmo, na área libertadora do altruísmo, se converte em anelo de
doação, de felicidade, de fraternidade.
O próprio desejo muda de conteúdo, perdendo a face
tormentosa de jogo de prazeres, para constituir-se numa aspiração de serviço.
Os impulsos da carne, que buscam satisfazer os
instintos e as paixões mais fortes, mais primárias, transformam-se em
arrebatamentos de bondade e compreensão humana.
O próximo deixa de ser usado para ser dignificado.
Todos os estímulos são conduzidos para o seu crescimento e triunfo sobre as
falsas necessidades, trabalhando-lhe as virtudes em despertamento, a fim de que
o homem espiritual sobreponha a sua à natureza dominante do homem animal.
(continua)
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelisimagem: google
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