(Maria Dolores)
Alguém te disse, alma
querida e boa,
Que os Espíritos Nobres
Nunca se valem de pessoa
Claramente imperfeita
Em tarefas de amor a
Humanidade…
Por isso mesmo o escrúpulo
te invade
E, receando a própria
imperfeição,
Foges do privilegio de
servir
Em que o Senhor te pede
trabalhar
A fim de conquistar
O Celeste Porvir…
Reflitamos, no entanto,
Entre simples lições da
Natureza:
A semente germina em
lauréis de esperança,
Muita vez sob a lama
ascorosa e indefesa;
A fonte não seria
exemplo de bondade
Em que a vida enxameia,
Se recusasse deslizar
Sobre tratos de terra e
laminas de areia…
Olha as flores do charco
Embalsamando campos e
caminhos,
A rosa não desdenha
florescer
Entre punhais de
espinhos…
Pensa ainda conosco
Nas fraquezas e lágrimas
que levas.
O Sol seria o Sol
Se fugisse das trevas?
Esquece pessimismo,
acusação, censura,
Nada te desanime,
ergue-te e vem…
Conquanto enferma e
rude, mesmo assim,
Se te encontras na
sombra, avança para a luz,
Sem desertar, porém, de
servir com Jesus!
Vem cooperar no amor que
devemos ao mundo
E entenderas, por fim,
Que só se vence o mal
pelo serviço ao bem
E que a benção de Deus
jamais nos desampara
Nem despreza a ninguém.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
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