A erradicação das causas geradoras do sofrimento
somente é possível através do esforço com que se empreende a tarefa, a ela
dedicando-se com empenho, sem o que se malogra, adiando a oportunidade.
O esforço bem direcionado caracteriza o grau de
evolução do ser, porquanto, mais expressivo nuns do que noutros, distingui-os,
demonstrando as conquistas já logradas, ao tempo em que faculta a percepção do
muito a conseguir.
Insistir,
portanto, com seriedade, pela conquista do altruísmo, encetando atividades que
devem ser concluídas etapa a etapa, constitui passo de segurança para a
libertação do sofrimento.
Mede-se, desse modo, o caráter de um homem, pelo
esforço que empreende para crescer, para melhorar-se, a fim de enfrentar as
reações que o seu ideal e empreendimento provocam.
Aquele que cede ante o obstáculo, que desiste diante
da dificuldade já perdeu a batalha sem a ter enfrentado. Não raro, o obstáculo
e a dificuldade são mais parentes que reais, mais ameaçadores do que impeditivos. Só se pode
avaliá-los após o enfrentamento. Ademais, cada vitória conseguida se torna
aprimoramento da forma de vencer e cada derrota ensina a maneira como não se
deve tentar a luta. Essa conquista é proporcionada mediante o esforço de
prosseguir sem desfalecimento e insistir após cada pequeno ou grande insucesso.
O objetivo deve ser conquistado, e, para tanto, a coragem do esforço contínuo é
indispensável.
Muitas vezes será necessário parar para refletir, recuar para renovar forças e avançar sempre.
É uma salutar estratégia aquela que faculta perder agora o que é de pequena
monta para ganhar resultados permanentes e de valor expressivo depois.
O esforço estimula o desenvolvimento dos recursos que
dormem no próprio homem, agigantando-se, à medida que realiza. A canalização
correta do esforço dinamiza-o, já que o arrastamento para o vício, que quebra
as resistências morais, é também uma forma de força arrebatadora, que poderia
ser direcionada em sentido superior.
O altruísmo não vige sem o esforço para a sua
manifestação, considerando-se que parece haver uma conspiração por parte do
egoísmo, a fim de impedir-lhe a presença e o predomínio na área da emoção.
(continua)
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira Franco/Joanna
de Ângelis
imagem: google
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