(J. Herculano Pires)
Quando os fariseus censuraram Jesus por sentar-se a mesa com
publicanos e pecadores, Ele respondeu: “O sãos não precisam de médico, mas sim
os enfermos”. As atividades espíritas são o meio certo para a cura dos doentes
da alma. A terapêutica, ocupacional, que e a cura por meio do trabalho, muito
antes de ser descoberta pela Medicina era empregada no Cristianismo primitivo.
Todos os que lutaram pela implantação do Cristianismo encaminharam os fracos,
os doentes, os viciosos a cura através da execução de tarefas na seara. Há um
princípio pedagógico segundo o qual só se aprende fazendo. Como aprender as
lições da elevação espiritual sem praticá-las? A aptidão para o bem se adquire
na prática do bem.
As pessoas consideradas sem merecimento para a execução de tarefas
espirituais são as que mais necessitam de executá-las. Porque o merecimento vem
precisamente do esforço e da dedicação. Comentando que a mediunidade é
concedida sem distinção, sem escolha, Kardec lembra que ela é dada “aos virtuosos
para os fortalecer no bem e aos viciosos para os corrigir”. E acrescenta:
“Estes últimos são os doentes que precisam de médico”.
Maria Dolores, nas suas comparações poéticas, mostra-nos o mesmo
principio ao afirmar no poema Sempre Pai: “…só se vence o mal pelo serviço ao
bem”. Se o serviço do bem é o remédio para o mal, como curar o doente que se
recusa a tomar o remédio? As pessoas que se sentem inúteis porque se reconhecem
cheias de imperfeições e defeitos deviam lembrar-se de que Jesus não procurou
anjos nem sábios para o serviço do Evangelho, mas homens rudes e imperfeitos
que se aprimoraram na execução de tarefas do seu ministério.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
Nenhum comentário:
Postar um comentário